quarta-feira, 16 de junho de 2010

Alexandre, o Grande





Alexandre III da Macedônia, o Grande ou Magno
Aléxandros ho Trítos ho Makedón
Aléxandros ho Mégas
Mégas Aléxandros 



Conhecido por tantos nomes, Alexandre - o Grande, nasceu em 20 de julho de 356 a.C. em Pella e faleceu na antiga Macedônia em 13 de junho de 323 a.C. Príncipe e Rei da Macedônia de 356 a.C. a 323 a.C. - era um dos três filhos do Rei Felipe II e de Olímpia.

Consagrou-se como o maior conquistador do Mundo Antigo e foi uma importante figura lendária que definiu o curso da história. Em apenas 13 anos conseguiu conquistar o maior império da história do mundo antigo. Apesar de ser chamado de O Grande, Alexandre Magno tinha apenas 1.52m, mas suas façanhas militares grandiosas ficaram marcadas para sempre.

Olímpia, a mãe de Alexandre, casou-se muito jovem com Felipe II em 360 a.C. Segundo Plutarco, ela era arrogante, de índole ciumenta, vingativa e  fomentava intrigas com o filho e o marido. Desde o nascimento de seu filho Alexandre em 356 a.C., a relação de Olimpia com Felipe II não era boa.

Na época existia a desconfiança quanto à fidelidade de Olímpia, já que alguns historiadores relatam que Alexandre poderia ser filho do rei Netanebo do Egito, quando este se refugiou na corte da Macedônia para fugir dos persas.  Entretanto Olímpia afirmava que Alexandre era filho de Zeus,  o rei dos deuses, fazendo com que o povo o reverenciasse como um legítimo deus.

Olímpia foi repudiada por Felipe II quando seu marido contraiu novas núpcias com a jovem macedônica Cleópatra, sobrinha de Átalo que era um dos guardas do rei. A poligamia não existia em Atenas; assim, o fato de Felipe casar-se com Cleópatra significava que Olimpia era uma rejeitada e seu filho, um bastardo. Todas as outras esposas seriam suas amantes ou simplesmente prostitutas. 

Após a morte de Felipe II em 336 a.C., para vingar-se Olímpia matou Caranus e a pequena Europa, os dois filhos gerados entre Felipe e Cleópatra. Depois forçou o suicídio de Cleópatra. Também recaíram sobre Olímpia as suspeitas de seu envolvimento no assassinato de Felipe II, já que ela teria concretizado sua vingança pessoal para ver seu filho Alexandre assumir o trono.





Sob a influência do filósofo Aristóteles, dos 13 aos 16 anos Alexandre aprendeu retórica, política, ciências físicas e naturais, geografia e tinha legítimo interesse pela história da Grécia e por obras de grandes autores. Destacou-se muito novo por sua inteligência, tendo se distinguido nas artes marciais e na doma de cavalos. Foi assim que ele dominou facilmente seu companheiro de viagem, o cavalo que batizou de Bucéfalo. 


Seu pai lhe transmitiu conhecimentos de estratégia e dotes de comando, que lhe serviu para vencer a batalha de Queronéia. Enquanto Felipe II estava em uma expedição bélica, Alexandre liderou uma expedição à atual Bulgária, vencendo os bárbaros locais. Ali ele erigiu sua primeira cidade: Alexandrópolis. Por essa façanha,  com apenas 16 anos de idade Alexandre tornou-se general do exército de seu pai. 


Rei da Macedônia

Com o assassinato do seu pai em 336 a.C., com apenas 20 anos Alexandre Magno subiu ao trono da Macedónia e assumiu a prioridade em iniciar a expansão territorial do reino. Ao saberem da morte de Filipe II, as Cidade-Estados gregas que estavam sob o domínio da Macedônia, rebelaram-se não aceitando Alexandre como soberano. O jovem líder valendo-se da eficiente Falange Macedônica conseguiu derrotar a Cidade de Tebas, cidade grega que era a mais preparada para a guerra. 


 Período Helenístico

Com a derrota do Exército Tebano, Alexandre conseguiu a submissão de todas as outras cidades gregas como Atenas e Esparta. Logo nos primeiros tempos de reinado o norte do seu reino foi atacado, mas ele venceu facilmente a batalha.
Contornada a situação na Grécia, Alexandre Magno voltou suas atenções para a Ásia onde há muito tempo o Império Persa desejava a destruição da Civilização Grega. Com isso Alexandre - O Grande inaugurou o Período Helenístico, onde a Cultura Grega misturou-se com os costumes dos povos asiáticos.

Batalha de Grânico

Em 334 a.C., Alexandre montado no seu Cavalo Bucefalus cruzou o Helesponto e com um número inferior de soldados enfrentou o Exército Persa de Dario II na Batalha de Grânico. Com incrível bravura, ele conduziu seu exército a uma surpreendente vitória. Logo depois partiu para a conquista do Império Persa. Seguiu a viagem triunfante, conquistando várias cidades até chegar a Górdia, onde conseguiu o domínio da Ásia.

Casamento

Em 328 a.C. Alexandre casou-se com Roxana e teve um filho que , Alexandre IV, que falece antes de chegar à idade adulta. No ano seguinte, segue com as suas tropas para a índia, onde realiza a fundação de várias cidades. Alexandre Magno casou com pelo menos duas mulheres: com Roxana, filha de um nobre pouco importante, e a princesa persa Statira II, filha de Dario III da Pérsia. 




Conquista da Pérsia

Em 333 a.C. Dário III - o rei dos persas - decidiu desafiar Alexandre Magno. Na batalha de Isso  os persas saíram vencidos, mas logo em seguida foram vencidos por Alexandre. Assim o rei da Macedónia assumiu a Síria e entrou no Egito. Aos poucos  o maior sonho de Alexandre ia se tornando realidade: unir a cultura oriental à ocidental. 

Em 332 a.C. foi fundada Alexandria, a cidade que se tornou importante pólo cultural. Um ano depois Alexandre enfrentou novamente Dário na Batalha de Gaugamela, vencendo em absoluto a Pérsia. Alguns meses depois Dario III - o rei dos persas - foi assassinado de modo traiçoeiro por Besso, um general persa. Com a morte de Dário III, Alexandre foi proclamado rei da Ásia e sucessor da dinastia persa.



Império Macedônico


Durante seus treze anos de reinado Alexandre ficou conhecido como Alexandre Magno, ou seja, o Grande. Depois de criar o império mais extenso da época, Alexandre decidiu continuar com sua expedição no Oriente tomando para si o Egito, a Babilônia e a Índia. 

Os reinos que Alexandre havia conquistado o acolheu como libertador. No Egito o grande conquistador foi recebido como Faraó. Dominou a Grécia, a Palestina, o Egito, anexou a Pérsia à Mesopotâmia e chegou à Índia.  A única cidade que foi destruída pelo desejo de Alexandre foi a Cidade de Persepolis. 

Ao organizar o Império Macedônico em nove reinos, fundou mais de 70 cidades; várias com o nome de Alexandria que serviram para o intercâmbio comercial com China, Arábia, Índia e interior da África. Dessas, a mais famosa está localizada no delta do rio Nilo no Egito. As conquistas de Alexandre propagavam a cultura grega no Oriente. A criação da biblioteca de Alexandria, com 700.000 volumes, transformou a cidade em centro irradiador da cultura helenística.  


Morte de Alexandre Magno

Os territórios conquistados não bastavam para Alexandre, por isso ele continuou avançar sobre as longínquas regiões da Ásia. Por onde passava fundava cidades, todas com o nome de Alexandria. Com suas tropas exaustas, ele decidiu retornar.

Na viagem  de retorno foi ferido mortalmente. Padeceu de febres desconhecidas, que nenhum médico soube curar. É possível que tenha contraído malária, febre tifóide, encefalite virótica ou tenha sido envenenado ou uma consequência de seu vício de alcoolismo. 

Ao chegar na Babilônia, em 13 de Junho de 323 a.C. Alexandre Magno faleceu com apenas 33 anos. Momentos antes de falecer  ele mandou convocar seus generais e fez os três últimos desejos:
Que o seu caixão fosse transportado por médicos,
ara mostrar que eles não tem o poder de cura perante a morte.

Que os seus tesouros cobrissem o chão, 
para que as pessoas entendessem que os bens conquistados ficam na terra.

Que as suas mãos ficassem fora de caixão, 
para mostrar que veio à terra de mãos vazias e que era assim que partia...





Post Mortem

Todos pedidos de Alexandre foram cumpridos e só vieram ressaltar a grandeza de seu espírito. Com a sua morte o império foi repartido entre os seus generais e a sua família acabou por ser exterminada. 

Por ter morrido ainda jovem e sem derrotas, muito se especula sobre o que teria acontecido se tivesse vivido mais tempo. Se houvesse liderado suas forças numa invasão das terras a oeste do Mediterrâneo, provavelmente teria alcançado sucesso. Nesse caso, toda a história da Europa ocidental poderia ser completamente diferente. 

Alexandre era um homem de visão, extremamente inteligente, que tentava uma síntese entre o oriente e o ocidente. Respeitava seus adversários e derrotados. Acolheu a família de Dario III, permitiu às cidades dominadas manter sua religião, seus cultos, costumes e língua e até encorajou o casamento de seus oficiais com mulheres persas. 

Era admirador das ciências e das artes. Fundou cidades como Alexandria, que viria a se tornar o maior centro cultural, científico e econômico da Antiguidade por mais de 300 anos, até ser substituída por Roma. 

Expandiu cidades, se empenhou em expandir o helenismo, homenageou veteranos feridos com nome de cidades e deu nome a uma cidade em homenagem a seu cavalo Bucéfalo. Algumas vezes se mostrava instável e sanguinário, destruindo cidades inteiras, como Tebas e Persépolis; além de ter assassinado seu melhor general devido à ligação com um eunuco. 

Ele tinha a intenção de fazer ainda mais conquistas. Sabe-se que planejava invadir a Arábia e, provavelmente, as regiões ao norte do Império Persa. Poderia também ter planejado outra invasão da Índia ou a conquista de Roma, Cartago e do Mediterrâneo Ocidental.

Infelizmente nenhuma das fontes contemporâneas sobreviveu (Calístenes e Ptolomeu), nem sequer das gerações posteriores. Muitos dos pormenores da sua vida são bastante discutíveis...



Um comentário:

  1. Primeiramente, obrigado pelas informações sobre esse grande homem. E parabéns pelo vídeo, muito bom! Como se chama a música do vídeo?
    Helio Thompson

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Quem sou

Nascida em Belo Horizonte, apaixonada pela vida urbana, sou fascinada pelo meu tempo e pelo passado histórico, dois contrastes que exploro para entender o futuro. Tranquila com a vida e insatisfeita com as convenções, procuro conhecer gente e culturas, para trazer de uma viagem, além de fotos e recordações, o que aprendo durante a caminhada. E o que mais engradece um caminhante é saber que ao compartilhar seu conhecimento, possa tornar o mundo melhor.

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